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terça-feira, junho 18, 2002

O Regresso d'O Enfermo 

A minha enfermeirazita sensual, de olhos lindos e rabo fantástico, fez as pazes comigo.

Disse-me que tinha acabado, por estar convencida que eu andava com ela só por sexo (cada ideia, que estas miúdas de hoje tem, mas onde será que elas vão buscar essas coisas?!?).

Claro que vesti o meu ar mais inocente e disse-lhe, com um sorriso entre o intrigado e o entristecido, não ser verdade…

Enternecida pela compreensão demonstrada ou compadecida com a ingenuidade exposta, foi mais fácil a concretização do objectivo proposto.

Agora, agonizante, debato-me diariamente com a opção entre sexo agressivo e o ginásio.

Ela, eufórica, debate-se diariamente pela opção entre mim e o carpinteiro. Fico realmente furioso por ela se recusar terminantemente a responder qual de nós dois é mais bem constituído.

Esta relação ajudou-me a estabelecer uma teoria, segundo a qual, uma qualquer miúda não muito experiente nestas andanças fica a gostar de um rapaz a partir do momento em que a relação entra em uma base de intimidade.

Deixa-me confuso o facto de uma miúda que claramente gosta de miúdos bem constituídos e de ser dominada, ter por animais preferidos (e não fui eu que lhe perguntei!) coalas, golfinhos e ursos pandas…. Desconcertante, não é?

Isto porque desde "O Silêncio dos Inocentes", que me entretenho a estabelecer retratos psicológicos de notável fiabilidade de pessoas que conheço mal, com base em conversas mais ou menos profundas - resulta de uma identificação sociopata com a personagem principal do filme, o Hannibal, psicólogo canibal.

Claro que para miúdas que acreditam em signos, não é muito difícil fazê-las acreditar nestes horóscopos, desde que não sejam demasiadamente insultuosos e ficam usualmente impressionadas com frases do género "às vezes, à noite, morres de vontade de chorar e não consegues" e perguntam, com o mesmo famoso sorriso entre o triste e o intrigado, "mas como é que tu sabes?". Procuro sempre convencê-las que desde há várias gerações que há videntes na minha família e que desenvolvi uma percepção extra sensorial, uma espécie de empatia com os outros que me faz sentir aquilo que os outros sentem.

Qualquer coisa deste género surte um efeito fantástico: "tens uma boa dose de amor próprio e alguma insegurança, algum receio em ser magoada e não demonstras facilmente aquilo que sentes a pessoas que não controlas. Tens dificuldade em superar sentimentos de rejeição ou de não aceitação dentro do grupo e escondes-te muitas vezes por detrás de aparências. Ocasionalmente, gostas de manipular, porque te reforça o sentido de auto-afirmação".

Com estes retratos emocionais, adaptáveis a 95% da população (não espalhem esta informação), pretendo montar um consultório de psicanálise, para clientes femininas que gostem de copos.

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